O vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes
aegypti, está aterrorizando países do Ocidente. Em breve, todos os países da
América, com exceção de Canadá e Chile, devem ter registrado pelo menos um caso
da doença.
No
Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas foram contaminadas pela
doença,
que tem sintomas semelhantes aos da dengue e que pode desenvolver microcefalia
em recém-nascidos de mães que contraíram o vírus durante a gravidez. A
microcefalia é uma condição neurológica que impede o desenvolvimento da cabeça
dos bebês.
Hoje, a Dinamarca entrou
para a lista de 24 países que já registraram casos de contaminação pelo vírus e o presidente dos Estados Unidos, Barack
Obama, se reuniu com representantes do Ministério da Saúde para pedir pressa no
desenvolvimento de uma vacina.
Descubra o que é possível
fazer para evitar uma grave epidemia da doença, enquanto nenhuma vacina foi
desenvolvida:
1. Monitoramento
Para evitar que o vírus
continue se alastrando por diversos países, é
preciso que os governos possam identificar pessoas que viajaram a nações em que
a doença está em estado de epidemia. Como tem sintomas muito semelhantes a
outras patologias, os médicos precisam estar atentos e bem informados sobre as
condições do zika. Educar os profissionais de saúde é um importante passo no
monitoramento do desenvolvimento da doença.
2. Informar
O governo brasileiro
anunciou uma megaoperação a ser realizada pelo Exército. Cerca de 220 mil homens das Forças Armadas
passarão de casa em casa para informar a população sobre a gravidade da doença,
a importância da prevenção e como fazê-la.Comentaristas de
política externa já afirmam que outros países do continente americano precisam
começar a pensar em ações semelhantes para que a doença não atinja os níveis
que atingiu em solo brasileiro.
3. Programas de prevenção
No século XX, diversos
países ocidentais organizaram campanhas para a erradicação do mosquito. Os números de doenças causadas por eles caíram drasticamente,
mas os projetos não foram mantidos e o Aedes aegypti ganhou terreno de novo.
Janet McAllister, pesquisador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos
Estados Unidos, defende que ações como as que aconteceram antes sejam
retomadas, sobretudo em comunidade periféricas, com menos instrução e
infraestrutura para realizar a prevenção.
4. Preocupação com a gravidez
As administrações públicas
também precisam se preocupar urgentemente em informar
mulheres grávidas que desejam viajar para países onde o vírus está epidêmico
sobre as consequências que a doença pode ter no bebê. Uma lista preparada pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) compilou países que oferecem riscos às grávidas:
Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, El
Salvador, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras,
México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname e Venezuela.
5. Entender o vírus
Por fim, mas não menos
importante, é preciso uma comoção internacional de cientistas e pesquisadores
com o intuito de estudar o vírus Zika. Até o
momento, a comunidade científica ainda não entendeu como a doença afeta os
embriões, nem tem uma lista completa e definitiva com os sintomas do Zika.
Esse desconhecimento é alarmante a esta altura do campeonato.