segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Pesquisadores avançam na pesquisa para cura para o diabetes tipo 1


Novo estudo conseguiu realizar transplante de células para o pâncreas de ratos, mas ainda é preciso testá-lo em humanos



O diabetes é uma doença comum. Mas enquanto o tipo 2 depende dos hábitos de vida, o diabetes tipo 1 ocorre devido a um problema no organismo, em que o pâncreas para de produzir insulina completamente, não sendo possível metabolizar o açúcar no sangue. Isso costuma acontecer pois o corpo ataca as células beta desse órgão, responsáveis justamente pela produção desse hormônio. Normalmente ela se manifesta na infância e adolescência, enquanto o diabetes tipo 2 é mais comum na vida adulta.

No entanto, essa doença crônica está um pouco mais próxima de ser curada. Cientistas de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) conseguiram realizar um transplante de células-tronco em ratos, que foram convertidas em células produtoras de insulina e sensíveis às taxas de glicose no sangue. Para impedir que o sistema imunológico também não atacasse essas células novamente, eles desenvolveram um material usando alginato modificado, um composto derivado de algas marrons, que encapsula as células.

Depois disso, os estudiosos usaram células troncos humanas encapsuladas e as implantaram em ratos de laboratório. Após o procedimento, os ratos imediatamente começaram a produzir insulina em resposta aos índices de açúcar no sangue. Com o encapsulamento das células, o sistema imunológico dos ratos não respondeu às células novas, garantindo o sucesso do experimento.

O próximo passo é replicar esse processo em humanos para chegarem a um novo tipo de terapia contra o diabetes tipo 1.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Pesquisadores americanos desenvolvem técnica que pode acabar com o "jet lag"


Cientistas americanos acreditam ter descoberto uma técnica que pode ser a chave para combater de forma mais eficiente o que é conhecido como jet lag - a sensação de fadiga que acomete quem viaja para lugares de fusos horários muito diferentes.
De acordo com pesquisadores da Universidade de Stanford, a técnica consistiria na exposição dos viajantes a flashes de luz fortes e curtos, que ajudariam o cérebro a ajustar seu relógio biológico.
A técnica teria sido testada em 39 voluntários, que, como resultado, teriam tido seu relógio biológico "reajustado" em cerca de duas horas após uma hora de exposição aos flashes de luz, segundo os cientistas.
Os corpos de todas as pessoas estão sincronizados segundo o padrão de noite e dia do lugar em que elas vivem. Por isso, quando viajamos para um lugar com outro fuso horário, nossos relógios biológicos precisam ser "reajustados".
Entre os efeitos do jet lag que podem durar dias estão cansaço, irritabilidade e sensação de desorientação.
Durante a fase de testes da nova técnica, eles pediram que os 39 voluntários fossem dormir e acordassem exatamente no mesmo horário por duas semanas.
Em seguida, eles tiveram de dormir no laboratório, onde alguns foram expostos a uma luz contínua e outros a esses flashes de luz muito rápidos, semelhantes ao flash de uma máquina fotográfica.
Os integrantes do segundo grupo  relataram que, na noite seguinte, acabaram atrasando seu sono em cerca de duas horas, enquanto no primeiro grupo o atraso foi de 36 minutos, em média. Segundo Zeitzer, a técnica funciona porque os flashes de luz atravessam a retina e chegam ao fundo do olho, atingindo células que se comunicam com a parte do cérebro que comanda o relógio biológico.
A luz "enganaria" o cérebro, fazendo-o acreditar que o dia seria mais longo do que realmente é.


segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Cinco ações para deter a epidemia do vírus Zika



O vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, está aterrorizando países do Ocidente. Em breve, todos os países da América, com exceção de Canadá e Chile, devem ter registrado pelo menos um caso da doença.
No Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas foram contaminadas pela doença, que tem sintomas semelhantes aos da dengue e que pode desenvolver microcefalia em recém-nascidos de mães que contraíram o vírus durante a gravidez. A microcefalia é uma condição neurológica que impede o desenvolvimento da cabeça dos bebês.
Hoje, a Dinamarca entrou para a lista de 24 países que já registraram casos de contaminação pelo vírus e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, se reuniu com representantes do Ministério da Saúde para pedir pressa no desenvolvimento de uma vacina.
Descubra o que é possível fazer para evitar uma grave epidemia da doença, enquanto nenhuma vacina foi desenvolvida:
1. Monitoramento
Para evitar que o vírus continue se alastrando por diversos países, é preciso que os governos possam identificar pessoas que viajaram a nações em que a doença está em estado de epidemia. Como tem sintomas muito semelhantes a outras patologias, os médicos precisam estar atentos e bem informados sobre as condições do zika. Educar os profissionais de saúde é um importante passo no monitoramento do desenvolvimento da doença.
2. Informar
O governo brasileiro anunciou uma megaoperação a ser realizada pelo Exército. Cerca de 220 mil homens das Forças Armadas passarão de casa em casa para informar a população sobre a gravidade da doença, a importância da prevenção e como fazê-la.Comentaristas de política externa já afirmam que outros países do continente americano precisam começar a pensar em ações semelhantes para que a doença não atinja os níveis que atingiu em solo brasileiro.
3. Programas de prevenção
No século XX, diversos países ocidentais organizaram campanhas para a erradicação do mosquito. Os números de doenças causadas por eles caíram drasticamente, mas os projetos não foram mantidos e o Aedes aegypti ganhou terreno de novo. Janet McAllister, pesquisador do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, defende que ações como as que aconteceram antes sejam retomadas, sobretudo em comunidade periféricas, com menos instrução e infraestrutura para realizar a prevenção.
4. Preocupação com a gravidez
As administrações públicas também precisam se preocupar urgentemente em informar mulheres grávidas que desejam viajar para países onde o vírus está epidêmico sobre as consequências que a doença pode ter no bebê. Uma lista preparada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) compilou países que oferecem riscos às grávidas: Barbados, Bolívia, Brasil, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Guiana Francesa, Guadalupe, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Suriname e Venezuela.
5. Entender o vírus
Por fim, mas não menos importante, é preciso uma comoção internacional de cientistas e pesquisadores com o intuito de estudar o vírus Zika. Até o momento, a comunidade científica ainda não entendeu como a doença afeta os embriões, nem tem uma lista completa e definitiva com os sintomas do Zika. Esse desconhecimento é alarmante a esta altura do campeonato.